Dedé de Zeba, O Poeta do Crato
Quando Mestre Jurandy Temóteo pediu-me para escrever as abas deste livro, deu-me a oportunidade de ler a obra em primeira mão.
A sensação que experimentei foi a dos privilegiados que assistem a um filme antes do grande público e na saída do espetáculo encontram repórteres, cinéfilos e uma multidão ansiosa que deseja saber se vale à pena o espetáculo.
Quantas vezes passei por isso? Com o livro na mão, sem saber se o benefício da leitura compensaria o custo de tempo e dinheiro.
No caso desta obra eu não tenho dúvidas que vale à pena. Como prova vai meu intento de adquirir um exemplar e ler tudo novamente.
E por quê? Primeiro, porque depois do Cego Aderaldo nenhum poeta popular do Crato alcançou a notoriedade de Dedé França. Como poeta é muito bom.
Segundo, porque é uma figura humana interessante que merece destaque na galeria onde estão Eloi Teles, Zé de Matos, Walderêdo Gonçalves, Chapeado 90, Pedro 21, Ramiro do Seminário, Maestro Azul e tantas outras figuras marcantes da história humana do Crato.
Terceiro, pelas tiradas inteligentes e pela coragem de dizer o que muitos apenas ousam pensar ou sussurrar.
Pelo conjunto da obra, o caráter do entrevistado, a inteligência das perguntas, as fotos raras, etc. Esse é um livro reportagem que tem tudo para animar leitores, instigar pesquisadores e aumentar a temperatura das conversas na praça Siqueira Campos, nas mesas do Granjeiro e da Exposição do Crato.
Se minha prosa não gerou a força suficiente para tirar você da inércia, espero que o verso de Luciano Carneiro consiga, ou o belo texto de Amarílio Carvalho.
Estou certo que ao final da leitura você vai agradecer o incentivo.
Entendo este livro como justa homenagem a Dedé de Zeba, em boa hora, porque ele está vivo.
Viva o poeta do Crato.
Viva o jornalismo d'A Província.
Viva a arte do povo e o povo do Crato.
Willian Brito
Presidente da Academia dosCordelistas do Crato
INFORMAÇÕES DO PRODUTO
20,5cmX15cm
